sábado, 8 de novembro de 2014

Iniciação à docência: uma experiência de reconstrução por meio da Língua Francesa



Este estudo é resultante de uma prática de iniciação à docência desenvolvida junto ao PIBID Francês da UFRGS e aplicada à turma de 3ª série noturna do Colégio Júlio de Castilhos. Com as atividades pibidianas de ensino e pesquisa da Língua Francesa, faz-se possível uma breve análise acerca de um tipo de experiência educativa. Isto é, lançando mão do processo de ensino-aprendizagem como reconstrução e reorganização contínua da experiência, a língua francesa se torna o que nos atravessa e nos redefine como seres constituidores de sentido. Pois, neste contexto específico de ensino-aprendizagem, é o idioma francês que se apodera de nós e nos transforma a cada vez. Com isso, é possível constatar em que medida ensinantes e aprendentes do francês ─ afetados por um movimento comum de “ex-posição” em meio à língua ─ reconstroem, reorganizam, redefinem a si mesmos e ao mundo na mesma proporção em que dele se apropriam. Nesse sentido, a experiência do PIBIB Francês é, a um só tempo, formação e transformação de seus envolvidos.

Palavras-chave: PIBID. FLE. Ensino-aprendizagem. Experiência. 

Comunicação apresentada no evento:
Seminário Internacional Prodocência UFFRGS
Colóquio Nacional Pibid UFRGS
X Seminário Institucional do PIBID UFRGS
8 de novembro de 2014
DOCÊNCIA COLABORATIVA E INTERDISCIPLINARIDADE

sábado, 25 de outubro de 2014

PERFORMAR A LÍNGUA FRANCESA NA ESCOLA

Este estudo acontece como parte integrante do projeto PIBID-Francês da UFRGS. Iniciado em 2012, o projeto atua no Colégio Estadual Júlio de Castilhos (de ensino médio) propondo, a cada ano, a criação e o desenvolvimento de atividades didático-pedagógicas em parceria com a professora-supervisora, responsável pela disciplina de francês nos turnos da tarde e da noite. Assim fazendo, o projeto tem por objetivo geral a afirmação do contexto plurilíngue e pluricultural das sociedades contemporâneas e, de modo mais específico, da língua francesa como experiência comunicativa. Para tanto, suas ações se ramificam em diferentes subsídios da prática docente, que apresenta como principal referência teórica o Quadro Europeu Comum de Referência para o Ensino de Língua. Conforme a proposta do subprojeto, este estudo lança mão da performatividade, tanto da linguagem como do corpo em sua prática gestual, enquanto elemento constitutivo de uma didática afetiva da língua. Trata-se, portanto, de tomar o processo de ensino-aprendizagem da língua francesa dentro de um processo ainda maior de construção e de redefinição das identidades. E, para isso, assumir não apenas a performatividade do corpo como agente de produção inteligente, mas, refutando a separação ontológica entre corpo e intelecto, fazer da língua corpo e do corpo língua. Nessa medida, a partir da execução de jogos cênicos e dos procedimentos artísticos da arte da performance como operantes didáticos da língua francesa, procuramos fazer dos corpos dos aprendentes lugar de reapropriação da potência intelectual e de efetiva unidade da produção e expressão de suas identidades. Por meio desses jogos performáticos, os aprendentes são levados a agir e a criar experiências comunicativas em língua francesa, buscando desenvolver todas as competências que envolvem tais ações (quais sejam: interação oral, leitura, recepção e compreensão audiovisual e produção escrita). Com isso, o estudo enfoca a centralidade do corpo como agente produtivo dos processos de ensino-aprendizagem de língua estrangeira, o que propicia a imediata experimentação das identidades em uma apropriação singular e afetiva da língua francesa. 

Palavras-chave: PIBID, Performance, didática, francês, identidades

Referências

COHEN, Renato. Performance como Linguagem. São Paulo: Perspectiva, 2011.
COURTILLON, Janine. Élaborer un Cours de FLE. Paris : Hachette, 2003.
GLUSBERG, Jorge. A arte da performance. Trad. Renato Cohen. São Paulo: Perspectiva, 1987.
Quadro Comum Europeu de Referência para as Línguas – Aprendizagem, ensino, avaliação. [Trad. para o português europeu de Maria Joana Pimentel do Rosário e Nuno Verdial Soares], Edições Asas: Lisboa, 2001
RAJAGOPALAN, K. “Língua estrangeira e auto-estima”, In: Por uma linguística crítica. Parábola, São Paulo, 2004, p. 65-70.
RYNGAEERT, Jean-pierre. Jogar, representar: Práticas dramáticas e formação. Trad. Cássia Raquel da Silveira. São Paulo: Cosac Naify, 2009.


Comunicação apresentada no X Salão de Ensino da UFRGS
de 24 a 26 de outubro de 2014

quarta-feira, 16 de julho de 2014

2013 | Capítulo de Livro > Sobre realidade e ficção no drama do intelecto


ADÓ, Máximo. "Sobre realidade e ficção no drama do intelecto". In.: FERRAZ, Wagner; GAI, Daniela Noal (Orgs.) Parafernálias I: Diferença, Artes, Educação. Porto Alegre: Indepin, 2013, p.15-34.



https://clubedeautores.com.br/book/147080--Parafernalias_I#.U8aqgLGDjve

  Clique na imagem para acessar o livro na editora


sábado, 8 de março de 2014

2013 - Painel Geração Pixelada | Exposição fotográfica

Local: MIS - Museu da Imagem e do Som - CIC | Centro Integrado de Cultura, Florianópolis SC
Data: de 27 de novembro de 2013 a 02 de fevereiro de 2014
Exposição: 6 fotografias no formato 30x30 em painel com 396 fotografias selecionadas.
Festival de Fotografia de Santa Catarina 2013

Curadoria de Lucila Horn
http://floripanafoto.com/?page_id=1347








sexta-feira, 26 de abril de 2013

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Defesa final

   por Sandra Mara Corazza
 
DEFESA FINAL DE TESE DE MÁXIMO DANIEL LAMELA ADÓ
24 janeiro 2013, 9h

Bússola errante, que é o máximo pensar e experimentar,
mas é também o mínimo sujeito prévio.

Máximo ato de cortar, medir, compor, inventar,
mínimo direito a mediocrizar.

Máxima formação, crescimento, expansão,
mínimo que sai ainda cedo demais.

Malha intelectiva que atinge um mistério no tempo do BOP,
desde quando chegou,
meteorito Adó,
vindo de lugar nenhum,
jogado de Santa e Bela,
e se quedou,
criando Mr. Lamela no pedaço.

Daniel, monstro de chifre e marfim,
criador de criatórios de uma Comédia do Intelecto
mais do que humana,
recheada de absurdos e delíriios,
que minimamente tingem o chão de sangue.

Musgo e capim,
harpa e alaúde,
fera que habita as pradarias,
com dom de poder e conhecimento,
ser verde no ventre recém criado,
quando tudo é novo e abundante,
e a Terra é bela em sua Primavera.

Máxima anarco-disponibilidade
de luta
e de mínimas facilidades.
Eu te saúdo, Irmão dos Frutos.


Com Idalina, ontem, dia 23 e com Máximo, hoje, dia 24,
vão-se os meus dois únicos orientandos valéryanos.
Sem dúvida, vão prosseguir em sua autoeducação permanente,
nas auroras das noitadas.
Obrigada a vocês dois por todas as nossas parcerias.

domingo, 16 de dezembro de 2012

Fotobiografema de um frame: a imagem-escusa de Está tudo pela hora da morte Daniel Gutierrez

 O texto: Fotobiografema de um frame: a imagem-escusa de Está tudo pela hora da morte
Daniel Gutierrez, publicado na Revista Alegrar dialoga com o texto Gilles Deleuze e o cinema do não
de marcos da Rocha Oliveira.

 As editoras da Revista, Kátia Maria Kasper e Cíntia Vieira da Silva escrevem no editorial:

Gilles Deleuze e o cinema do não, por Marcos da Rocha Oliveira, seria um ensaio a respeito de um filme, sob a inspiração de conceitos de Deleuze, ou uma narrativa em um tom entre Borges e Bolaño, lançando referências eruditas e pistas falsas que confundem e seduzem o leitor? Seria este um texto que faz o que diz, adentrando o âmbito do performativo?

Fotobiografema de um frame: a imagem-escusa de Está tudo pela hora da morte por Daniel Gutierrez (Daniel Gutierrez assina por Máximo Daniel Lamela Adó ao modo de Bustos Domecq), texto que dialoga com o anterior (Gilles Deleuze e o cinema do não) e torna o leitor ainda mais hesitante em decidir pelo caráter ficcional ou ensaístico dos dois textos. A potência do falso, em ambos os textos, não é apenas tratada como conceito, mas instituída como prática.

Este é o fotograma do frame do filme "Está tudo pela hora da morte" >>


sábado, 7 de julho de 2012

domingo, 17 de junho de 2012

Curso de Extensão - Exercícios do Informe



Inventariar ou inventar espaços em Educação

Letícia Testa


Trata-se de uma pesquisa que se vale dos processos e modos de criação da arte contemporânea para exercitar e experimentar, desde esta sua lógica, o ato criador de diferentes espaços em educação. Com isso, e segundo os modos de proceder da arte, provoca-se um lugar ainda não tematizado de educação, justo ali onde ela não se dá como outra além do próprio processo pelo qual emerge. Contudo, é certo que não se nega ou anula a necessidade ou a inevitabilidade da tematização, mas apenas se afirma a tentativa de produzir uma educação que nela não se subtraia, acabe ou seja anterior ao próprio contexto e processo em que se dê ou se crie. Exercitar a educação como arte significa ter em conta que seu pensar pode não estar separado de suas ações e visibilidades, e que estas, por sua vez, são indistinguíveis da concretude mesma de seus fluxos. Mas, diante dessa especificidade, como poderíamos caracterizar mais nitidamente seus movimentos? A arte contemporânea, em seu pensamento liquefeito, autotransgride-se continuamente. E, assim fazendo, na medida em que cria ou age suas visibilidades, não só opera o desmanche de quaisquer sobredeterminações, padrões, disposições e noções de pensamento que lhe sejam preexistentes como, simultaneamente, instaura, a cada vez e sempre em permanente mobilidade, seu próprio aparato crítico, de forma a envolver em sua composição a ação pensante e o estado do olhar que lhe convém. Neste movimento, educação e arte, agora como inobjetáveis, reivindicam a experimentação e a criação concomitante de um olhar que se faça não mais por uma perspectiva capturadora de formas estáveis mas que, diferentemente, aconteça junto à impermanência ou à própria impossibilidade destas de se manterem como formas. Coextensivamente, não por conteúdos artísticos e educacionais mas em mostrações flutuantes de suas matérias(-forças), chega-se a um tipo de pensamento não subordinado às possibilidades exclusivas dos conceitos, e sim convergente à dinâmica do mundo atual – amplificado e aderente à própria lógica da vida. Tudo isso para poder-se exercitar na arte e na educação a mesma dispersão da vida, sob a convergência de um mesmo uso.  




6, 237 m² - um processo de experimentação e estratégia de liberação...
Máximo Daniel Lamela adó

Neste processo de experimentação a criação não se separa da compreensão, pois não se distingue teoria e prática. O que conta é o ato, todo e qualquer ato ao modo de um traçado que opera mais para uma geografia do que para uma história. Ao modo de Raymond Queneau podemos dizer que é escrevendo que se escreve e se vira escrevedor; é fazendo que se faz e se vira fazedor. Em 6, 237m², o nome deste experimento e também o espaço de uma folha A4 multiplicado por cem, provoca-se atuar com um espírito de rigor e diversão, pois se trata de estar atento à ideia de que toda expressão só se expressa ao se expressar, já que inexiste como forma pré-definida ao expressado. Um processo que procura atuar pelas e nas multiplicidades potenciais do narrável, sem a procura de uma estabilidade doada por um sentido unívoco. O objetivo está em dar mais atenção ao processo de criação do que ao resultado em si, o processo é o próprio acontecimento e o acontecimento passa a ser o sentido. Em 6,237m², o espaço deste experimento, temos cem palavras, cem imagens, cem mini-contos e uma multiplicidade de possibilidades de atuar com estas coisas-objetos. As coisas são a potência, pois são definidas pelo que podem e, ainda, pelo que podem em ato. O que podem cem palavras, cem imagens, cem mini-contos em suas possibilidades enquanto possibilidades relacionais e de ação? De onde vem e para onde vão? Quais são suas vozes? Aqui o que temos é o espaço a se fazer presente na materialidade de cada coisa que o ocupa. O que pode o espaço de uma folha A4?